Alopécia androgenética

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Alopécia androgenética

Alopécia androgenética masculina

A alopécia androgenética (AGA) é uma forma de alopécia não cicatricial e é a forma mais comum de alopécia, afetando cerca de 80% dos homens. Pode ter início cedo, na adolescência, ou pode ir surgindo ao longo da vida. O início precoce está associado a formas mais graves. 

A etiopatogénese da AGA está relacionada com fatores genéticos e hormonais. Nos homens com predisposição genética os androgénios levam à miniaturização dos folículos do couro cabeludo, com encurtamento da sua fase de crescimento (anagénese). A 5-alfa-redutase é uma enzima que transforma a testosterona em dihidrotestosterona, que por sua vez vai atrasar o crescimento do cabelo. Desta forma, o principal foco do tratamento da AGA masculina será a inibição desta enzima 

 

Apresentação clínica/ diagnóstico

A alopécia androgenética masculina caracteriza-se por perda de densidade capilar progressiva que evolui para alopecia (calvície) no couro cabeludo. Geralmente afeta as áreas frontais (“entradas”), o vértex (“coroa”) e as áreas parietais. 

O diagnóstico geralmente efetua-se através da observação clínica com o auxílio da tricoscopia. 

Normalmente não é necessário realizar exames complementares de diagnóstico, exceto nos casos de alopecia grave em homens jovens com fatores de risco cardiovasculares (obesidade, hipertensão, diabetes, fumadores) ou em doentes com mais de 45 anos que vão iniciar terapêutica com fármacos anti-androgénios. Nestes casos deve ser pedido estudo analítico. 

 

Tratamento 

O tratamento da AGA masculina é longo e o resultado da eficácia do tratamento é lento. Desta forma, o tratamento da AGA deve ser individualizado de acordo com as características da doença e preferência do doente por forma a aumentar a adesão e sucesso do tratamento.

Os fármacos anti-androgénios (finasterida e dutasterida), inibidores da 5-alfa-redutase, são os fármacos de primeira linha no tratamento da AGA masculina, em associação com o minoxidil tópico. Em alguns casos, esta terapêutica pode ser complementada com minoxidil oral, finasterida tópica.

Nos casos em que o doente pretende um aumento significativo da densidade capilar pode, adicionalmente, considerar-se o transplante de cabelo. 

 

Alopécia androgenética feminina 

A alopécia androgenética (AGA) é uma forma de alopécia não cicatricial e é a forma mais comum de alopécia, afetando cerca de 40% das mulheres. Tendo em conta a idade de início considera-se que ocorre em 2 picos: AGA pré-menopausa (15-25 anos) e AGA pós-menopausa (50-55 anos).

A etiopatogénese da AGA feminina é multifatorial, com implicação de fatores genéticos e hormonais, à semelhança da AGA masculina. Nas mulheres com AGA, os folículos capilares têm uma sensibilidade aumentada a ação dos androgénios em circulação, independentemente dos seus níveis sanguíneos normais ou aumentados. Ocasionalmente, a AGA feminina pode surgir como manifestação de um síndrome de hiperandroginismo, geralmente, o síndrome do ovário poliquístico (alopécia, acne, seborreia e irregularidades menstruais).

 

Apresentação clínica/ diagnóstico

A AGA feminina caracteriza-se por perda de densidade capilar progressiva na região frontoparietal, inicialmente caracterizada por alargamento progressivo do risco do cabelo. 

O diagnóstico geralmente efetua-se através da observação clínica com o auxílio da tricoscopia. 

Nas mulheres em pré-menopausa com AGA, e com outros sinais de hiperandrogenismo, ou nas mulheres em pós-menopausa com AGA de evolução rápida, está indicado pedir análises de sangue com estudo hormonal. 

 

Tratamento 

A maioria dos tratamentos da AGA feminina é off-label, sendo que o único tratamento aprovado é o minoxidil tópico, o que deve ser devidamente explicado às doentes. Por outro lado, em mulheres em idade fértil, alguns tratamentos orais devem ser descontinuados 1 a 6 meses antes de engravidar, dependendo da terapêutica em curso. 

À semelhança da AGA masculina, o tratamento é prolongado e os resultados lentos. O tratamento deve ser individualizado tendo em conta a gravidade, associação com hiperandroginismo, idade e preferência da doente. 

Além do minoxidil tópico pode considerar-se o tratamento com fármacos orais (isolamente ou em combinação), nomeadamente: anti-androgénios (dutasterida, finasterida, acetato de ciproterona ou espironolactona), anticoncepcionais ou o minoxidil oral. Pode ainda considerar-se o transplante capilar.

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